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quinta-feira, 8 de março de 2012

Obras da copa param novamente

Pernambuco

Entre o final de janeiro e início de fevereiro, os operários da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana de Recife, paralisaram as obras durante oito dias.
O estopim da greve foi o não pagamento das horas extras de dezembro pela Construtora Odebrecht, responsável pelas obras.
O Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco considerou a greve "abusiva e ilegal" e impôs uma dura multa ao sindicato da categoria. Há denúncias de que mais de 500 operários foram sumariamente demitidos pela Odebrecht após a greve. Forte aparato policial foi mantido pelo gerenciamento estadual nas imediações das obras e os operários denunciam perseguições e intimidação para que não paralisem novamente os serviços.
Os operários da Arena Pernambuco lutam por aumento de benefícios, como cesta básica de R$ 80 para R$ 120, maior participação nos lucros e resultados, plano de saúde para os profissionais e ajudantes, abono dos dias parados e estabilidade de um ano para a comissão dos trabalhadores.

Bahia


Operários da Arena Fonte Nova entraram em greve no dia 1º de fevereiro
Os operários das obras da Arena Fonte Nova, estádio de Salvador que receberá os jogos da copa do mundo de 2014, deflagraram greve em 1º de fevereiro em protesto contra o desconto de 9% de seus salários sob a alegação de "dias não trabalhados no mês anterior".
Os operários interromperam o trânsito da via em frente à obra e somaram às suas palavras de ordem a reivindicação do descanso remunerado e o pagamento de 100% das horas extras, 20% de reajuste salarial, plano de assistência médica e odontológica e participação nos lucros e resultados das empreiteiras contratantes. Eles acusam o consórcio Arena Salvador, formado por Odebrecht Infraestrutura e OAS, de assédio moral e afirmam que além de impor descontos no salário, as empreiteiras teriam bloqueado os cartões alimentação dos trabalhadores.

Ceará

No dia 14 de fevereiro, cerca de mil operários paralisaram as obras do estádio Castelão. Os trabalhadores reivindicam equiparação salarial entre os operários contratados pelo consórcio responsável e os contratados pelas empresas terceirizadas e exigem o cumprimento do piso da categoria (R$ 959,60).
Os operários contratados por empresas terceirizadas para a reforma do Castelão representam 50% da força de trabalho total e denunciam receber em média R$ 800,00, além de não possuírem uma série de direitos trabalhistas.

Rio de Janeiro

Após uma série de reuniões e assembleias, em 16 de fevereiro cerca de 500 operários das obras do Maracanã, na zona Norte do Rio, realizaram um vigoroso protesto.
Com uma hora e meia de paralisação nos trabalhos e a declaração de que haveria uma greve geral nas obras caso as reivindicações não fossem atendidas, os operários do Maracanã conquistaram um acordo que prevê:
  • Aumento salarial de 10,5% para os quatro mil trabalhadores da obra.
  • A hora-extra aos sábados vai passar de 70% para 100%.
  • Aumento na cesta básica de R$ 180 para R$ 230.
  • Plano de saúde a custo zero.
  • Estabilidade de um ano para a comissão de trabalhadores.

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